Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

As comemorações do Dia de Portugal junto das comunidades portuguesas



Um dos aspetos mais interessantes do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa à frente dos destinos da Presidência da República tem sido indubitavelmente a estreita ligação que o Chefe de Estado tem estabelecido com as comunidades portuguesas.

A relação privilegiada do Presidente da República com os emigrantes portugueses ficou evidente no ano passado, quando pela primeira vez o 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi celebrado oficialmente fora de Portugal. Nomeadamente em Paris, o principal e tradicional destino da emigração lusa nos anos 60 e 70, e ainda hoje base de uma das maiores comunidades portuguesas no estrangeiro. 

Revejo-me e estimo as palavras com que o Chefe de Estado fundamentou a realização das singulares comemorações, que tiveram como principal propósito prestar uma merecida homenagem aos emigrantes: “os portugueses que vivem no estrangeiro são tão portugueses como os que vivem em Portugal”.

Entre condecorações, emoções e contactos com a comunidade portuguesa em terras gaulesas, e que envolveu ainda a presença do Presidente da França, François Hollande, e do Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, o discurso do 10 de junho de Marcelo de Revelo de Sousa, perante centenas de portugueses e lusodescendentes, no Salão de Festas da Câmara Municipal de Paris, foi elucidativo sobre o valor dos emigrantes portugueses: “Aqueles que aqui estão são dos melhores de todos nós“.

Nesse sentido, a continuidade das comemorações oficiais do 10 de junho junto das comunidades portuguesas, este ano no Rio de Janeiro e em São Paulo, evocando as ligações profundas e históricas de Portugal ao Brasil, só podem ser recebidas com regozijo pelos cidadãos portugueses. Quer os residentes no território nacional como os que se encontram no estrangeiro, almejando estes seguramente que outras comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo sejam também palco de celebrações oficiais do 10 de junho.

Estranho somente, como é que havendo a nível nacional um alargado consenso político, económico e social sobre o papel dos emigrantes portugueses no desenvolvimento do país, nenhum outro Presidente da República em mais de 40 anos de democracia, tenha tido o vislumbre de realizar as comemorações do Dia de Portugal junto das comunidades portuguesas, verdadeiras e melhores embaixadoras da pátria de Camões.

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