Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Daniel Bastos apresentou novo livro “Terras de Monte Longo”



No passado sábado (16 de dezembro), o historiador Daniel Bastos apresentou no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, o seu novo livro, intitulado “Terras de Monte Longo”. 


A obra, uma edição trilingue (português, francês e inglês) foi concebida a partir do espólio de um dos mais aclamados fotógrafos portugueses da sua geração, José de Andrade (1927-2008), numa sessão que encheu-se de pessoas da região Norte de Portugal e da Galiza, e que esteve a cargo da reputada socióloga das migrações Maria Beatriz Rocha – Trindade.



Neste novo livro, prefaciado pelo consagrado fotógrafo franco-haitiano Gérald Bloncourt, e realizado com o apoio do Centro Português de Fotografia, instituição pública que assegura a promoção e valorização do património fotográfico nacional, Daniel Bastos esboça um retrato histórico conciso e ilustrado do interior norte de Portugal em meados dos anos 70. 

Através de imagens até aqui inéditas, que José de Andrade captou nesse período em povoados rurais de Fafe, um território entre o Minho e Trás-os-Montes, o historiador e autor de livros sobre a emigração, aborda as memórias do passado, não muito distante, do Portugal profundo e rural na transição da ditadura para a democracia. 

No decurso da sessão, que contou com a presença na mesa de honra do historiador Artur Ferreira Coimbra, em representação do Município de Fafe, a professora catedrática e investigadora Maria Beatriz Rocha – Trindade, que tem dedicado a sua vida ao estudo das Migrações, sustentou que o livro constitui um relevante contributo antropológico e histórico para a compreensão de uma época marcada por condições de vida duras e inúmeros trajetos ligados à emigração, por que passaram as povoações rurais do interior norte de Portugal.

Refira-se que estão previstas para o próximo ano várias sessões de apresentação do livro junto das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro, e que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura. Com particular destaque para o grupo empresarial do comendador luso-canadiano Manuel da Costa, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto.

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